Acompanhado de um burro, americano está há nove anos na estrada
9 de março de 2012 Arquivado em Geral

Jonathan Dunham, ou simplesmente, o “homem e o burro”. Se você ainda não viu falar sobre ele ou neste nome que mais parece título de um conto infantil, provavelmente ainda o verá em estampado em jornais mundo afora. Com uma filosofia de vida estreitamente ligada ao cristianismo, o americano ainda tinha 28 anos quando saiu da cidade de Portland, no estado do Oregon. Hoje, nove anos depois, Jonathan passa embaixo do viaduto de São Sepé, no centro do Rio Grande do Sul, para seguir sua caminhada rumo ao seu destino final: o Chile.
Em sua empreitada, Jonathan encarou desafios, contou com um pouco de sorte, e muita ajuda de verdadeiros estranhos que cruzaram o seu caminho. O americano, que era professor substituto em escolas públicas, decidiu abrir mão do materialismo e da cultura capitalista americana. Pegou um punhado de dólares, algumas roupas e mochilas, e partiu rumo a um novo estilo de vida. Mal sabia ele, que depois de cruzar o oeste dos Estados Unidos em direção ao sul, passando pelo Texas e chegando a Tamaulipas, no norte do México, teria uma grata surpresa de quatro patas: Judas.
O burro foi um presente do proprietário de uma fazenda onde Jonathan trabalhou. Aliás, entre alguns quilômetros e cidades (ele prefere as menores para fugir de um local impróprio para seu parceiro), o viajante trabalha e junta mais alguns trocados para continuar sua jornada. Na companhia do burro, Jonathan viaja entre uma cidade e outra, todos os dias.
“Judas” aproveita a pausa para repor as energias, nas margens da BR 392, em São Sepé
Alguns perguntam se ele é atleta, ou, talvez um missionário. Categoricamente, responde: “sou um sujeito qualquer”. Juntos, os dois andam cerca de 25km por dia. Jonathan ainda não sabe quando chegará ao seu destino. Ele conta que Judas desperta muita curiosidade por onde passa. Para ele, a reflexão e o encontro do seu próprio “eu” são os motes principais que impulsionam cada passo de sua caminhada.
Ainda na sexta-feira, os dois devem seguir rumo a Bagé, próxima parada da dupla. Antes, devem pernoitar em postos ou casas ao longo do caminho. O propósito é singular: este tempo todo de experiência na estrada é para Jonathan a busca por respostas filosóficas e ideológicas interiores, e a solidão e o tempo devagar são escolhas para o americano encontrá-las. “É um pouco complicado, eu acho que tenho uma maneira diferente de olhar a vida. Quando comecei, não pensava em sair com um burro e chegar até o Brasil (risos). Apenas pensei – vamos iniciar uma longa caminhada ”.
(Reportagem: Leandro Ineu)
9 de março de 2012 Arquivado em Geral

Jonathan Dunham, ou simplesmente, o “homem e o burro”. Se você ainda não viu falar sobre ele ou neste nome que mais parece título de um conto infantil, provavelmente ainda o verá em estampado em jornais mundo afora. Com uma filosofia de vida estreitamente ligada ao cristianismo, o americano ainda tinha 28 anos quando saiu da cidade de Portland, no estado do Oregon. Hoje, nove anos depois, Jonathan passa embaixo do viaduto de São Sepé, no centro do Rio Grande do Sul, para seguir sua caminhada rumo ao seu destino final: o Chile.
Em sua empreitada, Jonathan encarou desafios, contou com um pouco de sorte, e muita ajuda de verdadeiros estranhos que cruzaram o seu caminho. O americano, que era professor substituto em escolas públicas, decidiu abrir mão do materialismo e da cultura capitalista americana. Pegou um punhado de dólares, algumas roupas e mochilas, e partiu rumo a um novo estilo de vida. Mal sabia ele, que depois de cruzar o oeste dos Estados Unidos em direção ao sul, passando pelo Texas e chegando a Tamaulipas, no norte do México, teria uma grata surpresa de quatro patas: Judas.
O burro foi um presente do proprietário de uma fazenda onde Jonathan trabalhou. Aliás, entre alguns quilômetros e cidades (ele prefere as menores para fugir de um local impróprio para seu parceiro), o viajante trabalha e junta mais alguns trocados para continuar sua jornada. Na companhia do burro, Jonathan viaja entre uma cidade e outra, todos os dias.
“Judas” aproveita a pausa para repor as energias, nas margens da BR 392, em São Sepé
Alguns perguntam se ele é atleta, ou, talvez um missionário. Categoricamente, responde: “sou um sujeito qualquer”. Juntos, os dois andam cerca de 25km por dia. Jonathan ainda não sabe quando chegará ao seu destino. Ele conta que Judas desperta muita curiosidade por onde passa. Para ele, a reflexão e o encontro do seu próprio “eu” são os motes principais que impulsionam cada passo de sua caminhada.
Ainda na sexta-feira, os dois devem seguir rumo a Bagé, próxima parada da dupla. Antes, devem pernoitar em postos ou casas ao longo do caminho. O propósito é singular: este tempo todo de experiência na estrada é para Jonathan a busca por respostas filosóficas e ideológicas interiores, e a solidão e o tempo devagar são escolhas para o americano encontrá-las. “É um pouco complicado, eu acho que tenho uma maneira diferente de olhar a vida. Quando comecei, não pensava em sair com um burro e chegar até o Brasil (risos). Apenas pensei – vamos iniciar uma longa caminhada ”.

(Reportagem: Leandro Ineu)
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